terça-feira, 15 de novembro de 2011

Guns N' Roses w/ Duff McKagan Nice Boys Don't Play RN'R O2 Arena 14/10/10

Pearl Jam - Even flow - Full HD (São Paulo - 03/11/2011)

Aerosmith em São Paulo- Dream On / Arena-Anhembi 30/10/2011

Faith No More - SWU 2011 [Full Concert]

Faith No More - Epic - Live SWU 2011 Brasil

Alice In Chains - Man In The Box - SWU

Stone Temple Pilots - Crackerman - SWU

Duff Mckagan LOADED - SWU (It's So Easy)

Peter Gabriel pede desculpas a Ultraje a Rigor em nota oficial

Após um polêmico incidente que culminou em agressões entre membros da equipe das bandas Ultraje a Rigor e Peter Gabriel, que se apresentaram no último domingo (14) no SWU, o cantor inglês se desculpou publicamente através de nota oficial em seu site. Peter afirmou também que só teve conhecimento da briga, que teria ocorrido por conta dos atrasos nos shows, na manhã desta segunda-feira.

"Os atrasos no show por conta do mau tempo causaram alguns problemas, incluindo um incidente envolvendo membros da equipe de Peter Gabriel e Ultraje a Rigor. Peter ligou para Roger Moreira para se desculpar pela situação (...) e eles superaram o incidente", diz a nota oficial.
 
"Eu me arrependo profundamente pelo ocorrido e me desculpei diretamente com Roger Moreira e a banda", afirmou Peter no comunicado.
 
A nota também aproveita para elogiar o festival, as apresentações e a plateia. "Apesar dos atrasos nas performances do palco principal por conta da forte chuva que caiu em Paulínia durante a tarde, nada poderia diminuir os shows brilhantes ou o entusiasmo do público".

Materia retirada do site terra:

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ARMAS DA MODA: HOMENAGEM AOS BRASILEIROS DO ULTRAJE A RIGOR - FILHA DA PUTA - Acústico MTV

Ultrage à Rigor: Roger fala sobre a briga com Peter Gabriel no SWU

Ultraje a Rigor Expulso do SWU (Roger desabafa sobre Peter Gabriel)

Ultraje A Rigor - Ciume - SWU

Briga em show do Ultraje a Rigor no SWU

Chris Cornell - Doesn't Remind Me - SWU 2011)

HOLE - COURTNEY LOVE - Violet - SWU 2011

Courtney Love desabafa em entrevista sobre 'Kurt' e Dave' (SWU - 13/11/2...

Marcelo D2 - Desabafo (SWU) - 12/11/11 - HDTV (1080i)

Fergie - Big Girls Don't Cry - Festival SWU

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Steve Jobs - Discurso Stanford Completo e Legendado

Steve Jobs e o Declínio Americano - Folha de São Paulo MUNDO


RUBENS RICUPERO 

A ameaça à superioridade dos 
americanos vem de um modelo que 
não dá poder a criadores como Jobs


Pode impressionar como sinal de mau agouro o desaparecimento de Steve Jobs justamente no momento em que mais se discute o suposto ou real declínio dos EUA. Se examinarmos, um por um, os fatores responsáveis pelo longo predomínio dos americanos, a capacidade de invenção e inovação -da qual Jobs foi a encarnação viva- aparece não só como o mais indiscutível, mas também o mais difícil de emular e superar.

Li uma vez o artigo de um economista chinês que relativizava o êxito da China como "fábrica do mundo" e imbatível exportadora de manufaturas. O artigo lembrava que nenhum dos três produtos que haviam revolucionado o mercado nos anos recentes -o iPhone, o iPod e o iPad- tinha sido inventado pelos chineses, embora a fabricação se fizesse na China devido ao custo.

Essas três novidades se devem à inventividade de Jobs, mas é óbvio que sua morte não esgota a capacidade de inventar e renovar que os EUA não cansam de demonstrar há mais de século e meio. O que me chama a atenção nos americanos não é tanto o talento para as invenções mecânicas, a aplicação de avanços da ciência a máquinas e aparelhos que simplificam a vida cotidiana. Desse tipo de inventor, o símbolo maior foi, sem dúvida, Edison.

Há, porém, outro tipo de invenções, as intangíveis, como foram, no passado medieval ou no começo da modernidade, a criação pelos italianos da letra de câmbio, do contrato de seguro marítimo, da contabilidade de partida dupla, dos bancos e mais tarde, pelos holandeses, da sociedade por ações.

Nessa área, os americanos inovaram em quase tudo, a começar pelo comércio, que quase não havia mudado desde os tempos de fenícios e gregos. Começaram com as vendas por catálogo e reembolso postal, passaram para o supermercado, em seguida para o shopping center, o drive-in, as franquias, o fast food, só para ficar nesses exemplos.

Muito mais transformadoras e imateriais foram as invenções do cartão de crédito e do comércio e do caixa eletrônicos. O que essas invenções trouxeram foi não só a modificação por meios mecânicos de atividades tradicionais como lavar e cozinhar. Aliadas às inovações no domínio da recreação e do relacionamento -a TV, as redes sociais na internet-, elas na verdade recriaram a própria vida, a maneira como as pessoas empregam a maior parte do tempo e se relacionam.

Inovadores não convencionais, sem diploma, de gostos alternativos como Jobs são o produto de uma sociedade inquieta que continuamente se questiona e reinventa a si mesma. Sociedades hierarquizadas e autoritárias como a chinesa não possuem esse dom para inovar.
Enquanto predominava a destruição criadora ("creative destruction"), isto é, a inovação que destruía coisas antigas para dar lugar a novas e melhores, a superioridade americana não corria perigo. Se ela agora está em jogo, é por causa da criação destruidora ("destructive creation"), a financeira, aniquiladora de riqueza e geradora de injustiça.

A ameaça à superioridade americana não vem dos chineses, mas de dentro, de um modelo que dá mais poder e influência a lobistas corruptos e banqueiros destrutivos que a criadores como Jobs.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo - São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A Elusiva Grande Ideia - Folha de São Paulo - The New York Times

NEAL GABLER
OPINIÃO – The New York Times

As ideias não são mais o que eram antes. Antigamente, elas incendiavam debates, estimulavam outros pensamentos, incitavam revoluções e alteravam a maneira como vemos e pensamos o mundo.

Elas podiam penetrar na cultura geral e transformar pensadores em celebridades -caso notável de Albert Einstein, mas também de Reinhold Niebuhr, Daniel Bell, Betty Friedan, Carl Sagan e Stephen Jay Gould, para citar alguns. As próprias ideias podiam ficar famosas -”o fim das ideologias”, “o meio é a mensagem” “a mística feminina”, “a teoria do Big Bang”, “o fim da história”. Uma grande ideia podia ser capa da “Time” -”Deus morreu?”-, e intelectuais americanos como Norman Mailer, William Buckley Jr. e Gore Vidal eram eventualmente convidados para “talk shows” de TV. Como isso faz tempo.
 
Se nossas ideias agora parecem menores, não é por sermos mais burros do que nossos antepassados, mas simplesmente porque não ligamos mais tanto para elas. Agora, ideias que não podem ser instantaneamente monetizadas têm tão pouco valor intrínseco que cada vez menos pessoas estão gerando-as, e cada vez menos veículos as disseminam.

Não é segredo, especialmente nos EUA, que vivemos numa era pós-iluminista em que a racionalidade, a ciência, a argumentação lógica e o debate perderam a batalha em muitos setores para a superstição, a fé, a opinião e a ortodoxia. Retrocedemos de modos avançados do pensamento para velhas crenças.

O guru ofusca o intelectual público, substituindo a reflexão pelo escândalo. O ensaio entrou em declínio nas revistas de interesse geral. E há a ascensão de uma cultura cada vez mais visual, especialmente entre os jovens -o que dificulta a expressão das ideias.

Mas a verdadeira causa de um mundo pós-ideias pode ser a própria informação. Numa época em que sabemos mais do que nunca, pensamos menos a respeito disso.

Graças à internet, parece que temos acesso imediato a qualquer coisa que se possa querer saber. No passado, por outro lado, coletávamos informações não apenas para saber as coisas, mas também para convertê-las em algo maior e eventualmente mais útil do que meros fatos -em ideias que davam sentido à informação. Buscávamos não só apreender o mundo como também compreendê-lo, o que é a função primária das ideias. Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam.
 
Mas se a informação já foi a matéria-prima das ideias, ela se tornou, na última década, concorrente destas. Somos inundados por tantas informações que nem se quiséssemos -e a maioria não quer- teríamos tempo de processá-las.
 
A coleção em si é exaustiva: o que cada um dos nosso amigos está fazendo num momento específico e no próximo; com quem a Jennifer Aniston está saindo; qual vídeo se tornou viral no YouTube na última hora.
 
Com efeito, estamos vivendo sob uma lei de Gresham [um conceito econômico] aplicada à informação, em que a informação trivial expulsa a informação significativa, mas também sob uma lei de Gresham aplicada às ideias, em que a informação, trivial ou não, expulsa as ideias.
 
Preferimos saber a pensar, pois saber tem mais valor imediato. O saber nos mantém no circuito, conectados. Certamente não é por acaso que o mundo pós-ideias tenha brotado junto com o mundo das redes sociais.
 
Embora haja sites e blogs dedicados às ideias, o Twitter, o Facebook, o MySpace, o Flickr e outros são basicamente Bolsas de informação, criadas para alimentar a fome por informação, embora raramente o tipo de informação que gere ideias. É, em grande parte, algo inútil, exceto na medida em que faz o possuidor da informação se sentir informado. E esses sites estão suplantando o texto impresso, que é onde as ideias tipicamente têm sido gestadas.
 
São formas de distração ou de antipensamento.
 
As implicações de uma sociedade que já não pensa grande são enormes. Ideias não são apenas brinquedos intelectuais. Elas têm efeitos práticos.
Um amigo meu se perguntou, por exemplo, onde estão os novos John Rawls e Robert Nozick, filósofos capazes de elevarem a nossa política.

Pode-se certamente argumentar o mesmo a respeito da economia onde John Maynard Keynes continua a ser o centro do debate quase 80 anos depois de propor a sua teoria do estímulo governamental.

Isso não quer dizer que os sucessores de Rawls e Keynes não existam, mas é improvável que eles consigam ganhar força numa cultura que vê tão pouca utilidade nas ideias. Todos os pensadores são vítimas do excesso de informação.

Sem dúvida haverá quem diga que as grandes ideias migraram para o mercado, mas há uma enorme diferença entre as invenções voltadas para o lucro e os pensamentos intelectualmente desafiadores. Alguns empreendedores, como Steve Jobs, da Apple, já tiveram ideias brilhantes, no sentido “inventivo” da palavra.

Essas ideias, porém, podem mudar a maneira como vivemos, mas não a forma como pensamos. Elas são materiais, e não relacionadas ao universo das ideias propriamente ditas. A nossa carência é de pensadores.

Nós nos tornamos narcisistas da informação, tão desinteressados por qualquer coisa alheia a nós ou ao nosso círculo de amizades, ou por qualquer migalha que não possamos dividir com esses amigos, que se um Marx ou Nietzsche de repente aparecesse berrando suas ideias ninguém prestaria a mínima atenção -certamente não a mídia geral, que aprendeu a atender ao nosso narcisismo.

O que o futuro anuncia é um volume cada vez maior de informação -Everests dela. Não haverá nada que não saibamos. Mas não haverá ninguém pensando a respeito. Pense nisso.

Neal Gabler é o autor de “Walt Disney: O Triunfo da Imaginação Americana”

Fonte: Artigo retirado do Jornal Folha de São Paulo, 22 de agosto de 2011